“O carro do filme”, exclamou alguém que passava pela rua. Exatamente. Com essa expressão, ouvida quase todas as vezes em que o modelo sai da garagem, começamos a matéria a bordo de um automóvel que entrou para a história por causa do mundo mágico da sétima arte.
O DeLorean DMC-12 chegou ao mercado em 1981. John DeLorean, o pai dos muscle cars, criou algo fora do comum, com a inédita carroceria feita com placas de aço inoxidável escovado. O desenho ficou a cargo de Giorgetto Giugiaro, o criador de grandes sucessos comerciais como o Passat e outras maravilhas sobre rodas.
A história de John DeLorean tem capítulos tristes. Em 1982, quando o roteiro do filme ainda nem estava na mente dos produtores, ele acabou sendo preso e acusado de tráfico internacional de drogas. Após uma série de polêmicas nos jornais, conseguiu comprovar sua inocência e a armação de alguns agentes do FBI.
Quando recebi o telefonema do proprietário me senti bastante animado: “Bellote, o DeLorean está pronto. Interessa?”. Sem dúvida nenhuma. Um modelo como esse realmente vale mais do que uma matéria. Afinal, qual a sensação de acelerar uma verdadeira estrela de cinema?
O exemplar do vídeo passou por um processo completo de restauração nos Estados Unidos, dentro da própria empresa no Texas (http://delorean.com), e desembarcou por aqui há pouco mais de um ano. A primeira impressão também me fez lembrar do filme, especialmente com a abertura das portas no estilo asa-de-gaivota.
O modelo traz o interior com o essencial. A posição de dirigir é esportiva, com alavanca de câmbio em posição mais elevada. Fechei a porta e apenas um vidro estreito pode ser abaixado, para o pagamento do pedágio e outras coisas. Ou para aguentar a viagem pelo tempo, quem sabe...
As impressões ao volante são, no mínimo, curiosas. Não podemos dizer que o carro é um grande esportivo ou algo que aumente sensivelmente a adrenalina, mas ele cumpre bem seu papel. É como guiar um mito, como o Cadillac cor-de-rosa de Elvis Presley, que desperta olhares e aparelhos celulares apontados em sua direção a todo momento.
Girando a chave noto a principal diferença. Esse exemplar traz o motor V6, de 2,8 litros, mas equipado com o propulsor fase 2, que disponibiliza 190 cv e torque de sobra. Por essa razão, ele tem um bom desempenho, mesmo que não seja um superesportivo. O conjunto é todo de alumínio e isso também foi um de seus diferenciais na época.
Rodando ele gera ainda mais curiosidade. Todo mundo espera que Marty McFly (protagonista do filme De Volta Para o Futuro- Back to the Future, 1985) saia por ali, vindo de algum lugar distante na década de 50. Bom, pra comprovar que a máquina do tempo realmente funciona, até fizemos uma pequena brincadeira no final do vídeo. Até a próxima semana!
Fonte: Webmotors
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