quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Grand Cherokee novo modelo !!







Thiago Vinholes

Um jipe com motor a diesel pode ser tão silencioso e eficiente em desempenho quanto um veículo movido a gasolina? O novo Jeep Grand Cherokee CRD Limited prova que isso é possível. Apresentado no último Salão de São Paulo com visual atualizado e motor V6 3.0 turbodiesel de 215 cv, o modelo desembarca no Brasil por R$ 189 900 como uma opção extra às versões Limited 4.7 e Overland Hemi 5.7, ambas com motores V8 a gasolina.

Ao pisar fundo no pedal do acelerador, o carro dispara com a desenvoltura digna de um carro com motor a gasolina. O ponteiro do conta-giros vai subindo e tudo que se escuta atrás do volante é um discreto ronco e o zunido da turbina temperando com mais ar a mistura com diesel. Acelerando na reta não há problema, situação que se inverte drasticamente em curvas, ainda mais em altas velocidades, como fizemos na pista de testes. Pesando 2 750 kg, o Grand Cherokee, apesar de equipado com sistema eletrônico de controle de rolagem de carroceria, inspira pouca confiança em manobras mais bruscas. Adesivos no parasol alertam sobre risco de capotamento se adotado esse tipo de condução.

Acelerando na pista

No campo de provas da TRW, em Limeira, no interior de São Paulo, o Grand Cherokee CRD mostrou a que veio. Partindo da imobilidade, o modelo atingiu os 60 km/h em 3s7, 80 km/h em 6s2 e 100 km/h em 9s2. Para base de comparação, um Honda Civic Si, com seu motor 2.0 16V de 192 cv a gasolina, atinge os 100 km/h em 8s4. Em desempenho, o utilitário não faz feio. É um dos poucos automóveis com motor a diesel à venda no país capaz de superar a marca dos 200 km/h. O pico de 215 cv de potência é atingido em 3 800 rpm. Já a patada de 51,8 kgfm de torque surge em meros 1 800 giros, faixa de rotação ideal para colar o corpo no banco.

A transmissão automática sequencial tem 5 marchas e o sistema Quadra-Drive II, que se encarrega de transferir a força para as quatro rodas ou, dependendo exigência, até 100% em apenas uma roda. Toda a operação é realizada automaticamente de acordo com as situações do piso. Trechos que exigem força extra requerem o uso do câmbio em reduzida, modo acionado manualmente por uma pequena alavanca no console central. Tudo pode ser feito de maneira imperceptível, sem trancos.

Na hora de frear com força, mais um susto: a carroceria dá uma forte guinada para frente enquanto os pneus dão leves travadas, controladas pelo sistema de freios ABS com controle de distribuição de frenagem (EVBP). Acionando o freio com força total a 100 km/h, o carro percorre 43,4 m até ficar imóvel. Um número bom para um modelo de quase três toneladas. Seu consumo urbano é de 6,5 km/l de diesel, número que sobe para 9,8 km/l em regime rodoviário, resultado que pode ser considerado razoável para um veículo com essa motorização e porte.

Cara nova

Mudanças estéticas na grade frontal e faróis deixaram o carro com visual mais atual. No entanto, ao entrar na cabine, fica claro que as alterações mais significativas foram realizadas na parte externa. O conforto dos bancos dianteiros contrasta com a posição desconfortável da segunda fileira, apertada para passageiros com mais de 1,80 m desde 1992, ano do lançamento da versão “Grand”.

A lista de equipamentos do Grand Cherokee CRD Limited é vasta. No quesito segurança, o comprador tem à disposição airbags frontais, laterais do tipo cortina, nos bancos e na coluna central. Bancos e altura dos pedais têm regulagem eletrônica com memória, enquanto o volante pode ser configurado manualmente. O sistema de áudio MyGig, com entrada auxiliar para iPod e MP3 player, comporta até 20 Gb de musicas ou demais arquivos, como fotos. No entanto, peca em não possuir leitor de CD.

No mercado brasileiro, o rival mais próximo do Grand Cherokee a diesel é o Land Rover Discovery 3, também V6, cujo preço parte de R$ 190 000, R$ 100 a mais que o modelo da Jeep. Certamente uma escolha difícil.

Imagens Pedro Bicudo


Fonte: CARRO ONLINE (http://carroonline.terra.com.br/index.asp?codc=2692#)

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