segunda-feira, 23 de março de 2009

Nissan Livina

A “aliança” entre Renault e Nissan já deu muitos frutos, mas vinha demorando a apresentar os seus no Brasil. O primeiro deles é também bastante significativo. A Nissan Livina é o primeiro veículo de passeio da Nissan a ser vendido por aqui. Além dela, a Nissan também fabrica o Aprio, nome que o Renault Logan recebe, mas para ser vendido no México. Como o sedã de baixo custo francês (ou romeno), a Livina oferece uma receita que tem se mostrado muito bem-sucedida: a oferta de um modelo médio a preço de compacto.

Não é para menos. A plataforma do Livina é a mesma usada por Renault Sandero e Logan, ou seja, a B0, ainda que a Nissan prefira dizer que se trata da mesma plataforma usada no Tiida. Se fosse, mesmo, compensaria fabricar a Livina no México e trazê-la ao Brasil sem impostos. O que a marca japonesa possivelmente espera é evitar que se veja a Livina como um modelo de baixo custo. Isso é fácil. Dificilmente alguém consideraria um carro cujo preço começa nos R$ 46,69 mil um modelo barato. Não é.

O que a Livina realmente é, e nisso ela se parece muito com Sandero e Logan, é um modelo de excelente custo/benefício. Isso porque tecnicamente falando ela é um modelo médio, que concorreria facilmente com Renault Scénic, Chevrolet Zafira e Citroën Xsara Picasso. Seu entreeixos é de 2,60 m, com 4,18 m de comprimento, 1,69 m de largura e 1,57 m de altura. Curiosamente, também é um modelo que repete a receita da Renault no mercado brasileiro. O primeiro veículo da marca francesa a ser fabricado por aqui também era uma minivan, a Scénic.

Em termos de preço, porém, ela é mais barata do que Honda Fit, Fiat Idea e Chevrolet Meriva, modelos compactos. Foi essa a receita que Logan e Sandero adotaram para conquistar o público e ela vem funcionando às mil maravilhas. No caso da Livina, isso tem mais uma vantagem: o nível bastante completo de equipamentos.

De série, qualquer Livina traz ar-condicionado, direção elétrica, limpador e desembaçador traseiro, travas e vidros elétricos, volante com regulagem de altura e airbag para motorista. A R$ 46,69 mil, e um seguro promocional de R$ 999 para o primeiro ano de utilização (com um perfil bem conservador), o carro sai na frente da concorrência, inclusive por um desenho moderno, que tende a agradar o consumidor em cheio e tem um risco bem baixo de mudar nos próximos anos, fator importante na decisão de compra.

Além do entreeixos, o teto quadradão da Livina denuncia o parentesco com a plataforma B0, mas as semelhanças morrem por aí. O desenho é, sim, quadrado, mas nem de longe tão anguloso quanto o do sedã da Renault.

Além do nível de equipamentos, a Livina deve agradar por seu novo sistema de abastecimento do tanquinho de partida a frio. Ele fica embutido entre o pára-brisa e o capô, sem a necessidade de abrir o capô para abastecê-lo nem uma solução que recorte a carroceria, como nos Honda.

O tanquinho, como é óbvio, demonstra que a Livina é o primeiro veículo flex da Nissan no mundo. Tanto na versão 1,6-litro 16V, que herda o motor da Renault, quanto o 1,8-litro, que pega o propulsor fabricado no México e presente no Sentra e no Tiida. Em outras palavras, este motor logo estará presente também no sedã e no hatch médio da marca japonesa. Se você está interessado em algum deles e quer um carro flex, convém esperar um pouquinho. Eles devem ser lançados ainda este ano.

Todos os veículos com motor 1,8-litro são equipados com câmbio de quatro marchas automático, sem exceção. Os 1,6-litro também só podem vir com câmbio manual de cinco marchas, ainda que exista um câmbio automático disponível para este motor.

Há duas versões de acabamento. A mais simples, sem denominação, é a que vem com todos aqueles itens de série que já citamos, mais rodas de aro 14” de aço estampado com calotas. Inclusive com motor 1,8-litro, versão que custa R$ 51,49 mil.

A SL, tanto com motor 1,6-litro (R$ 51,49 mil) quanto com motor 1,8-litro (R$ 56,69 mil), vem com rodas de liga-leve de aro 15”, alarme (só no 1.8), ABS, EBD e assistência à frenagem, toca-CD com MP3, faróis de neblina, retrovisor e maçanetas na cor do carro, abertura das portas por controle remoto, travamento automático das portas e airbags para motorista e passageiro do banco dianteiro.

Desde que foi anunciada, em agosto do ano passado, e que foi flagrada por nossos leitores em São Paulo, a Livina deve estar fazendo a concorrência coçar a cabeça. Ela só não preocupa mais porque a rede de revendedores da Nissan ainda não é tão grande, o que explica a meta tímida de vender 800 unidades por mês a partir da próxima segunda-feira, 23 de março. O caso é que a Livina pode ser justamente o impulso que a Nissan precisava para ampliar sua rede. Agora, ela tem um produto que justifica o esforço.

Fonte.: http://www.webmotors.com.br

Nenhum comentário: