terça-feira, 26 de maio de 2009

Nova Yamaha XTZ 125


A receita não é nova: assim como a nova YBR 125 seguiu a tendência de design da Fazer, a XTZ 125 seguiu a da Lander. O novo desenho da carenagem e do farol, os piscas em formato de gota (os mesmos da Lander) e a lanterna traseira transformaram a 125 numa versão reduzida da XTZ 250. Entretanto, o "tisc, tisc, tisc" que parece vir do motor ao virar a chave entrega que há mais do que simples novidades estéticas.

O som é produzido pelo reconhecimento da válvula solenóide pela ECU (Módulo Eletrônico de Comando), parte das novidades do motor. Esta válvula solenóide controla o sistema Cut-off, que corta a alimentação de combustível diretamente no carburador durante as reduções para ajudar na economia de combustível. Assim como na YBR, para atender ao Promot 3 foi instalado um catalisador no escapamento, que comprometeu o desempenho desta pequena valente.

O motor, no entanto, não é o mesmo da YBR. Agora gera 10,9 cv de potência a 7.500 rpm e torque de 1,11 kgf.m a 6.000 rpm. Perda de 1,6 cv de potência e 0,08 kgf.m de torque. Para compensar, o torque máximo surge 500 rpm antes que a versão anterior.

Embora a fabricante tenha declarado essa perda de potência, no dia-a-dia a XTZ 125 continua sendo uma ótima opção para o trânsito das grandes cidades. O banco estreito avançando sob o tanque projeta o piloto para frente, tornando a posição de pilotagem mais esportiva. A altura, 840 mm (são 780 mm na YBR), não é nenhum exagero e permite uma pilotagem facilitada para pessoas de qualquer estatura.

Na cidade a XTZ já vai bem, mas é na terra que ela consegue se sentir à vontade. O aro 21 na dianteira facilita na hora de encarar buracos, obstáculos e pisos irregulares. O pneu traseiro com 110 mm de diâmetro e aro 18 também ajuda na hora de encarar até algumas trilhas. As suspensões, ambas com 180 mm de curso, permitem até pequenos saltos e as pedaleiras metálicas (com ranhuras) apóiam os pés com firmeza. As sanfonas nas bengalas e o pára-lama dianteiro distante da roda insinuam que é possível até encarar trilhas mais pesadas e muita lama, entretanto, para isso é preciso trocar os pneus por um que ofereça melhor desempenho na terra. Os pneus Pirelli Scorpion são excelentes, porém melhores no asfalto.

Boa na cidade e melhor ainda na terra, a XTZ seria a 125 cc ideal para tudo se não fosse pela baixa velocidade máxima, seu calcanhar-de-aquiles. Dificilmente a XTZ se mantém a 100 km/h, o que requer paciência nas viagens. Apesar do tanque oferecer autonomia próxima de 350 km, o banco estreito também indica que trechos mais longos serão cansativos.

Todas as versões possuem freio dianteiro com disco de 220 mm e pinça de dois pistões. A XTZ 125 2009 está disponível nas cores azul, preta e vermelha, com preço de R$ 7.013 na versão K (partida a pedal) e R$ 7.817 na versão E, com partida elétrica. Pois é, R$ 804 pela partida elétrica. A versão motard 125X continua existindo e acompanha as mudanças da linha on/off-road, por R$ 7.231 com partida a pedal e R$ 8.025 elétrica.

FONTE: RETIRADO DA REVISTA DUAS RODAS: http://www.duasrodasonline.com.br/esporte/detalhes.aspx?id=513

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