O diretor executivo da KTM, Stefan Pierer, afirmou em entrevista à revista americana "Cycle News" que a fabricante austríaca errou na parceria com o Grupo Izzo, encerrada no ano passado, e disse que a empresa começará a montar motos no Brasil. Pierer contou que a KTM está procurando uma parceira no país para viabilizar a operação.
O executivo citou o trabalho da KTM na Colômbia, onde a fabricante se juntou à local Autoco para montar modelos no sistema CKD, como acontece com outras marcas no Brasil, em Manaus (AM). As operações no vizinho sul-americano começaram no último mês de outubro, em Medellín, e 800 unidades colombianas da naked Duke 200 já foram entregues.
“Erramos no Brasil e aprendemos uma lição: se você não consegue o parceiro certo, está em apuros. É um mercado enorme, mas também duro e perigoso. Nos divorciamos e tivemos que limpar tudo após esse relacionamento fracassado, mas agora estamos de volta ao grid de largada, descobrindo como fazer direito. Temos que procurar um parceiro local para fazer como na Colômbia, mas em uma escala maior”, contou Pierer.
Hoje, há duas empresas instaladas em Manaus realizando serviços de montagem para outras fabricantes: Bramont (Benelli/Keeway) e Dafra (BMW, Ducati e MV Agusta). Ambas foram consultadas por Duas Rodas e negaram estar em negociação com a KTM.
Pierer revelou também que as naked Duke 125, 200 e 390 ganharão versões carenadas que serão lançadas no Salão de Milão, em novembro. “Elas parecerão com o modelo que utilizamos na Moto3, o que será uma boa conexão em termos de marketing. Será a mesma plataforma das Duke, mas com um visual completamente diferente”, comentou.
Depois desses lançamentos, marcados para 2014, Pierer disse que planeja também versões de uso misto dos três modelos, mesclando características de enduro e supermotard. Outra novidade em vista para a fabricante austríaca é um lançamento de cilindrada entre 200 e 390, “visando oferecer uma gama completa de modelos para todos os consumidores”, de acordo com o executivo.
Fonte: Duas Rodas online
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